Por que o mapeamento genético ainda não é acessível?

25 de agosto de 2021

Noticia interna

O custo para realizar o mapeamento genético não é o principal fator de acessibilidade ao exame. Entra as dificuldades, destacam-se a disponibilidade nos sistemas de saúde e o conhecimento dos médicos.

O mapeamento genético já faz parte da rotina de médicos e profissionais que atuam em biotecnologia e engenharia genética. Entretanto, algumas barreiras impedem que essa tecnologia aliada à medicina esteja acessível para toda a população.

No início, o mapeamento genético foi útil para ajudar os médicos a conhecerem sobre a estrutura do DNA. Em seguida, foi usado para identificar particularidades gênicas. Hoje, a técnica permite que médicos mapeiem e comparem o material genético humano a partir de um banco de dados.

Tudo isso só foi possível com o avanço da engenharia genética a partir do sequenciamento do genoma humano, que investigou possíveis doenças, suas causas e tratamentos.

Atualmente, empresas de medicina diagnóstica realizam o mapeamento genético para a população oferecendo informações distintas a partir do material coletado.

Assim, a engenharia genética surge para auxiliar os tratamentos e prevenir doenças. Porém, a desigualdade social reforçada pela falta de recursos nos sistemas de saúde configura apenas um fator que impede que esses exames de sequenciamento genético sejam feitos e que seus benefícios cheguem a toda população.

Principais barreiras que impedem o acesso ao mapeamento genético

A maior dificuldade está relacionada à disponibilidade do mapeamento genético no sistema público de saúde. Quando comparado à medicina privada – convênios e hospitais particulares – existe uma disparidade ainda maior no acesso da população às tecnologias de engenharia genética.

Somada a isso, a localização geográfica também é um fator que impede a disponibilidade do mapeamento genético. Países subdesenvolvidos e até mesmo em microrregiões de países desenvolvidos, a tecnologia de engenharia genética ainda não está disponível.

É preciso considerar que o acesso ao mapeamento genético, independentemente do sistema de saúde, está relacionado ao conhecimento e habilidade do médico. Somente profissionais capacitados conseguem visualizar as necessidades dos pacientes e indicar a melhor conduta.

Ressalta-se, portanto, a necessidade de atualização contínua para a prática da medicina moderna. A tecnologia e os avanços da ciência inserem um novo contexto de saúde, com instrumentos voltados para que o paciente se torne centro do cuidado médico.

Qual o futuro do mapeamento genético?

Possivelmente, qualquer paciente poderá ter acesso aos testes de mapeamento genético, sem necessidade de um pedido médico. Além disso, com a contínua inserção desses exames à prática clínica, a tendência é que os custos sejam reduzidos.

No campo das inovações e com o avanço da medicina moderna, o mapeamento genético será ainda mais preciso.

Além disso, com o desenvolvimento da inteligência artificial na medicina, as informações genéticas obtidas estarão cada vez mais disponíveis em um banco de dados. Isso permite que os médicos identifiquem e comparem alterações associadas ao desenvolvimento de doenças dos pacientes.

Vale lembrar que o compartilhamento de informações pessoais deve estar nas leis estabelecidas pela LGPD no campo da medicina.

Anos atrás, as doenças genéticas eram consideradas incuráveis. Hoje, com os recursos disponíveis de mapeamento genético, muitas doenças já possuem tratamentos específicos para cada paciente.

Médicos devem estar atentos à nova realidade da engenharia genética para aplicar as tecnologias na prática clínica. Conheça sobre Engenharia Genética e Genoma Humano por meio de nossos conteúdos médicos disponíveis. A medicina está em constante evolução e os conhecimentos devem estar alinhados às inovações.

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